Uli Burtin

Data de Nascimento: 01/01/1940

Local de Nascimento: Austria

Ulrich Paul Ferdinand Burtin, conhecido como Uli Burtin, nasceu em 1940 na Áustria e passou a infância em sua terra natal e na Alemanha pós-guerra. Aos 16 anos, começou a aprender fotografia still num estúdio de fotografia publicitária em Frankfurt. Entre 1959 e 1962, completou sua formação na Escola Superior de Cinema de Berlin ocidental, e, paralelamente, trabalhou como assistente de câmera na indústria cinematográfica UFA de Berlin. Simultaneamente, ainda estudou física e química na Universidade Técnica de Berlin, no entanto, sem completar o curso. Entre 1962 e 1965 trabalhou inicialmente como operador de câmera nos estúdios Suedwestfunk, em Baden-Baden, na Alemanha. Em 1969 assinou o seu primeiro trabalho como fotógrafo em longa-metragem, em “Die Fragestunde”, com direção de Tom Toelle. Em seguida, realizou “Schrott”, de Eberhard Itzenplitz, e “Bambule”, de Ulrike Meinhof e Eberhard Itzenplitz, todos em preto e branco. Durante esse período também fotografou diversos documentários políticos em países como China, Cuba, Egito, Israel e, principalmente, na África, onde em 1968 realizou quatro documentários durante uma expedição e teve a oportunidade de cruzar o continente numa Kombi. Em 1971, Burtin foi contratado pelo governo alemão como assessor técnico da Fundação Konrad Adenauer para planejar e montar a parte técnica da TV Educativa do Rio de Janeiro, atual TV Brasil. Antes da sua volta à Alemanha, em 1974, também administrou cursos e elaborou apostilas sobre iluminação na TV Globo do Rio. Entre os anos 1974 e 1979 assinou a fotografia de longas e seriados de TV na Áustria, Alemanha, Inglaterra, França e Espanha, além de documentários em Moçambique, Etiópia, Líbano e Israel, produzidos para a televisão alemã e para a ABC, dos Estados Unidos. Sua mudança definitiva para o Brasil aconteceu no final de 1979, quando fotografou e, algumas vezes, coproduziu documentários em toda América Latina para diversos canais internacionais. A partir de 1981 começou a fotografar filmes publicitários e videoclipes, no Brasil e no exterior, se tornando sócio da produtora VPI em São Paulo. Em 1995 assinou a fotografia do longa “Deus Junior”, de Mauro Lima, com quem estabeleceu uma parceria. Burtin e Lima ainda trabalharam juntos em “Tainá 2” (2004) e “Meu Nome Não é Johnny” (2007). Outros destaques de sua carreira são os filmes “Hans Staden”, de Luis Alberto Perreira (Brasil/Portugal, 1999), “Die Wasserfaelle von Slunj” (Áustria/UK, 2002), de Peter Patzak, “Lisbela e o Prisioneiro”, de Guel Arraes (2003), “The Journey to the End of the Night”, de Eric Eason (USA. 2006), “Elvis e Madonna”, de Marcelo Laffitte (2007), “Salve Geral”, de Sergio Resende (2010), “Vai que Dá Certo 1 e 2”, de Mauricio Farias (2011/15), “O Caseiro”, de Julio Santi, (2015) e “The Hand of The Creator”, de Odilon Rocha (UK, 2016). Burtin também é autor de diversos artigos técnicos e jornalísticos e elaborou o livro digital “Sobre Cinematografia Cênica”. Em reconhecimento ao seu trabalho para o desenvolvimento do audiovisual brasileiro lhe foi concedida a condição de Sócio Emérito da ABC.

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